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Como NFT me trouxe para a Alemanha?

Olá, meu nome é Daisa, e esse é um texto explicando a minha trajetória no mundo de NFT por 1 ano, como eu sai de uma cidadezinha de Santa Catarina para Berlim.


Vamos lá, uma breve introdução: sou uma artista visual baseada em fotografia digital com toques de manipulação e composição digital.


Sou graduada em Cinema e Audiovisual pela UNISUL, trabalhei com edição de vídeo, produção, cinematografia e o que aparecia relacionado por 8 anos. Entretanto, encontrei minha expressão e autonomia na arte da fotografia.


Não, eu não era uma grande fotógrafa, ou com grande numero de seguidores no Instagram. Isso não é um fator determinante na NFT.


Antes da pandemia ser uma artista autônoma já não era fácil, com o começo do Covid em 2020 tudo piorou, fiquei sem nenhum freela por meses e sem perspectiva de melhor. Já estava morando novamente com meus pais devido a dificuldades financeiras.


Chegamos então em 2021 nessa história. Alguns trabalhos apareceram, e descobri no Twitter que um fotógrafo que admiro tinha vendido uma fotografia por 1000 dólares, e


obviamente isso me chamou a atenção. Até então nunca tinha visto o termo NFT. Em março de 2021 me prestei então a estudar sobre esse tal NFT. Eu, desempregada, em uma cidadezinha de SC, de novo sem perspectiva do próximo trabalho pago, estudei a base de blockchain, crypto moeda, corretoras, compra e venda de moedas...

Em abril entrei em contato com um artista que já tinha vendido algumas peças e fui apresentada então a um Servidor do Discord, onde encontrei uma comunidade muito ativa e unida. Foi lá onde conheci pessoas que chamo de família e tenho contato quase que diário até hoje, por lá ganhei meu convite pra Foundation, onde um artista que mal me conhecia mandou dinheiro para fazer Mint e List da minha primeira peça (taxas para botar a venda).


Dia 29 de abril de 2021 lancei minha primeira peça na FND, 'Drop of Water'. E com mais um toque de sorte vendi minha primeira peça em menos de 2 horas (sim, sorte).


Com a minha primeira venda, por 0,4 ETH, aproximadamente 1000 dólares na época, pude então me dedicar ainda mais a esse mundo. Tendo em vista que ninguém a minha volta sabia sobre, ou achavam que era uma furada, os poucos que sabiam duvudaram da minha capacidade... (a tal desinformação que ainda rola).


Pois bem, desde então vivo NFT, consumo, aprendo, crio e sou rodeada de pessoas de todo o mundo. Minha relação com a arte mudou, minhas obras evoluíram, eu cresci, como pessoa e como profissional. Eu soube usar das oportunidades que me foram apresentadas, e soube criar oportunidades onde elas não existiam.


Desde então vendi 2 coleções completas, vendi peças para grandes colecionadores, para amigos, para anônimos. Com mais de 40 peças em ETH vendidas, me senti preparada para realizar um sonho de muitos anos: começar um mestrado em fotografia na Alemanha.


Inclusive, quando decidi pelo mestrado (e passei), fiz a pré-venda de uma coleção de fotografia para arrecadar todo o calor do curso, além de já ter dinheiro para os custos de vida por 1 ano em Berlim. Para poder vir e me dedicar a minha arte, aos estudos e continuar meu crescimento. E foi mais um Sold Out, ou venda total de peças.


E aqui estou eu, escrevendo um dia antes de começarem as aulas, com a possibilidade de ver neve pela primeira vez. Tudo graças a NFT, a ter a autonomia de vender minhas peças para o mundo todo sem intermediários e comissões insanas.


Entrar em um ambiente novo, com uma linguagem própria, um mercado relativamente estabelecido e diferente do tradicional não é fácil. Requer muito trabalho, dedicação, tempo e paciência. Qualidades que a maioria das pessoas não parecem estar interessadas em ter.


É possível mudar de vida com NFT, tem colecionador para todos os nichos, e quando feito da forma correta entendendo o mercado vale muito mais a pena do que 99% dos empregos onde artistas trabalham criando e crescendo empresas dos outros e não para si. Minha dica é: se o tempo vai passar de qualquer jeito, faz algo que você vai se orgulhar, algo por você. Mas também não largue seu emprego se você precisa dele para pagar as contas, mas use seu tempo de forma consciente e inteligente!

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