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Construir para desconstruir ou desconstruir para construir? Os dois!

Updated: Feb 11, 2021

Sei que parece confuso o conceito de precisar construir toda uma fundação, principalmente hegemônica, eurocêntrica, heteronormativa, para poder desconstuir e criar então algo novo.


O motivo disso é bastante simples, na verdade. Toda vez que pegamos um caminho para ser o inovador sem entender as bases estruturadas que são a nossa base (não falei que é o certo), nós acabamos apenas reproduzindo a mesma fórmula. Tentando tanto fazer diferente faremos o igual.


Apenas quando entendemos de 'onde', 'por que' e 'como' essas estruturas enraizadas funcionam é que podemos oferecer um caminho novo, exatamente para não repetir os erros do que tanto queremos ressignificar.


É comum em filmes, por exemplo, criar tramas de ação com uma personagem protagonista forte, dominante, destemido. Quando só estamos trocando o gênero do protagonista e mantendo praticamente todos os outros estereótipos pejorativos, inclusive com a forma de se relacionar com as outras mulheres da trama. Isso porque os filmes de espião são filmes marcados pela visão masculina, criados de uma forma que reforça a masculinidade. E podemos sim contar uma história de espiã, com a perspicácia de não cair na mesmice e acabar fazendo mais do mesmo apenas com a troca de gênero.


Pois bem, mesmo que não estejamos aqui falando de coisas tão socialmente importantes quanto discussões de gênero, etnia, cor, sexualidade. Sempre voltamos à criação de uma autoria, obras que sejam únicas e próprias. Nós precisamos saber entender a fotografia, como ela funciona, quais as ‘regras’, para então quebrá-las.


Minha dica é “Roube como um artista”, como dizia Jobs. Se você não sabe qual caminho quer seguir, não tem problema. Antes de criar seu próprio estilo teste recriar fotografias, tente fazer você o seu caminho para chegar no resultado que o @ que você admira fez. Desta forma você está estudando, praticando e melhorando, para quando estiver pronto, poder criar a sua arte.


Como repete frequentemente Peter Mckinnon: 'melhor feito que perfeito'.


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