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Referência pra quê? Para entregar um orçamento.

Uma das grandes dificuldades de criadores visuais com clientes novos é descobrir o que eles realmente querem. Entender o que eles precisam não é tão complicado sabendo ler as redes sociais, entender o mercado em que ele se encontra e analisar números.


Entretanto, saber como aplicar de uma forma que o cliente quer é um pouco mais difícil e a forma de resolver isso é simples: tendo referências.


Assim que alguém vem conversar comigo para iniciarmos um projeto eu faço várias perguntas, entendo de datas, prazos, da empresa ou pessoa e antes de poder entregar um orçamento eu peço referências visuais. Muitos clientes ignoram esse pedido e ficam pedindo pelo orçamento pulando essa etapa.


Mas vamos pensar que estamos fazendo um bolo, tem os ingredientes separados, o forno está pré-aquecendo, aí é hora de fazer a massa. Nesse momento você despeja tudo sem uma ordem certa esperando que dê certo.


Isso pra mim é um projeto sem referência. Não quer dizer que vai dar errado, mas quer dizer que as expectativas não estão alinhadas e muitas vezes não sai como o esperado pelo cliente.


Não é trabalho do cliente saber exatamente o que ele quer, entender de luz, de cor, de equipamentos... Esse é o trabalho do diretor, mas como o diretor vai saber qual caminho seguir se não tem uma base?


Então, a referência é para alinhar expectativas, pro artista saber o que precisa, se falta algo, onde fazer, como fazer. Para só então passar um orçamento, onde de preferência é detalhado.


Muitas vezes o cliente não sabe dizer exatamente o que ele gosta na referência, por isso é interessante ter várias. Dessa forma é possível traçar um caminho, inclusive para pontuar alguns detalhes similares e diferentes e fazer uma reunião falando sobre eles, mostrar as possibilidades e diferentes valores.


Um vídeo de 1 minuto pode ser 800 reais, como pode facilmente ser 8000. Tudo depende da estrutura necessária para realizar essa peça.


Por exemplo: uma animação 2d, com 1 personagem, transições simples, pouco movimento, com fundo branco e falas através de texto. Isso é um valor.

Uma animação 3d de movimentos contínuos, com 3 personagens, cenário 3d, falas dubladas... Esse é um valor completamente diferente.

Por mais que o conteúdo seja exatamente o mesmo, a forma de apresentação e produção muda. Então, quando um cliente vem com "quanto é para fazer uma animação de 1 minuto?" O artista digital precisa entender qual é essa animação e o que ela requer para realizar.


Dar um orçamento sem base visual (pensando em produção visual de serviço e produto final) faz com que o valor passado seja injusto, às vezes pro artista, às vezes pro cliente. Isso pelo simples fato do que um está imaginando seja completamente diferente do que o outro. Afinal pode acontecer de eu estar pensando em algo muito elaborado logo um valor alto, mas na verdade ser de simples execução.


Buscar referências não é perda de tempo, é investir em um resultado final melhor. Isso serve tanto para o cliente quanto para o artista.


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